quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

O Inferno Mitológico

A PALAVRA INFERNO é usada em várias religiões para descrever a morada dos mortos, ou o lugar que, segundo o cristianismo, é destinado ao suplício eterno das almas dos condenados. Na mitologia greco-romana, no entanto, a coisa é um tanto diferente e vale a pena conhecer. Lá, por exemplo, tanto os condenados quanto as almas absolvidas moram no mesmo endereço infernal - conhecido como Hades -,uma vez que não existe céu. O Inferno mitológico, na verdade, nada mais é que um lugar subterrâneo onde estão as almas dos mortos.


O HADES ERA O INFERNO ou além túmulo, segundo a tradição grega, e era governado por um deus de mesmo nome: Hades. Era ele quem propiciava o desenvolvimento das sementes, por isso os romanos chamavam-no de Plutão (aquele que dá a abundância). Caracterizam-no o cenho franzino, quase sinistro, com cabelos desordenados, barba longa e desalinhada. Sua vestimenta vermelha compõe-se de uma túnica e um pesado manto. Senta-se num trono e tem o dom de ser invisível, tal qual seu mundo. Esse dom é graças a seu capacete, feito pelos ciclopes na guerra dos deuses olímpicos contra Cronos e os Titãs.
APÓS A VITÓRIA, OS três irmãos olímpicos (Hades, Poseidon e Zeus) dividiram o domínio do mundo: ao taciturno Hades coube o mundo subterrâneo, onde seus súditos são os mortos. Reinava em companhia de sua esposa Perséfone e de seu cão de três cabeças com cauda de serpente, Cérbero, que recebia a alma dos mortos mas nunca lhes permitia a saída.
NA REGIÃO DO HADES havia cinco rios: o Estige (rio das trevas), o Aqueronte (das penas), o Fégeton (do fogo), o Cocito (dos lamentos) e o Lete (do esquecimento). Primeiro vêm as Moiras anunciar a hora derradeira ao mortal, depois chegam as queres, que cercam a vítima e debilitam-lhe corpo e espírito, sangrando-na com as unhas e bebendo-lhe todo o sangue. A alma sem carne é conduzida por Hermes até as margens do Estige, onde o velho barqueiro Caronte a atravessa para a outra margem. Se, porém o preço da passagem não havia sido depositado na boca do morto, Caronte abandonava-o como alma penada. Os que não haviam recebido sepultura condigna eram também recusados, e deviam vagar durante cem anos a fim de serem admitidos no reino dos mortos.
A ALMA DOS MORTOS FICA entre as sombras, onde pode observar dois caminhos: para o Tártaro, suplício eterno dos maus, onde estão aprisionados os Titãs; e para os Campos Elísios, eterno prêmio dos sustos. Diante das almas apresentam-se os juízes: Minos, Éaco e Radamanto, e somente por último surge Hades, que carrega a cansada indiferença de quem já se acostumou a pronunciar a palavra final.

sábado, 26 de janeiro de 2008

A Árvore do Rock

O ROCK É SEM DÚVIDA o gênero musical mais metamórfico de todos, absorvendo estilos e atitudes por todos os lados. Se fôssemos construir uma árvore genealógica desde o seu surgimento, na metade dos anos 50, teríamos como peças radiculares o Country & Western (dos brancos) e o Rhythm & Blues (dos negros), que podem ser considerados os pais do Rock ‘n’ Roll cinquentista, aquele forjado por caras como Chuck Berry e Elvis Presley. A Transformação do R‘n’R em Rock aconteceu por volta de 1964, com a invasão das bandas britânicas em solo americano. Os principais ícones desta época foram os Beatles e os Rolling Stones. A revista Superinteressante publicou em novembro de 2002 um infográfico por onde este apresentado a seguir foi baseado. Ele transformava as linhas em trilhas de um “metrô do rock”, com direito a estações e paradas obrigatórias. O esquema a seguir é fruto de uma longa pesquisa de aprofundamento e inclui estilos, artistas e bandas surgidas nos últimos anos (clique na imagem).


OBSERVE QUE ENTRE 1954-55 e 1969 há uma linha por onde surgem todos os estilos posteriores, sendo o tronco principal de nossa árvore. Os anos 60 foi o período de maior produção e experimentação. A linha que parte a partir de Bob Dylan refere-se ao Folk-Rock, que tem como grandes percussores o próprio Dylan e os Byrds. Saindo dos Beatles (que foram um pouco de tudo), das experimentações dos Byrds e da influência do Pink Floyd surge o Rock Progressivo de Gênesis, Yes e companhia. O Rock Pesado pulou dos braços dos Stones, Yardbirds e The Who, gerando pupilos nomeados de Black Sabbath e Led Zeppelin. A partir daí surge o Heavy Metal, que segue um caminho paralelo e quase idêntico ao Hard Rock. Os Stooges e os New York Dolls seguem um destino próprio influenciado pelos Beatles e Velvet Underground, culminando no Punk da década de 70. O próprio Punk se divide em uma linha que flerta com o Heavy Metal, fazendo nascer o Hardcore e o Grunge; e em outra que tende ao pop mais experimental, forjando a New Age de B-52’s e U2, por exemplo. A essas alturas, o progressivo já aspira este espírito festivo incrementando batidas eletrônicas. Na década de 90, a New Age já virou Pop-Rock Alternativo (Indie Rock, Britpop, etc.); e mais tarde o Metal (que já criara o Death, Black, Progressivo, Thrash, Doom, Melódico, Goth e mais uma dezena de estilos) ficaria jovem e o Pós-Punk comercial usaria franjas Emo.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Hello, CSS!!

VOCÊ JÁ TINHA OUVIDO em falar no Cansei de Ser Sexy? Eu não. Formada em São Paulo no ano de 2003 misturando Pop-Rock à musica eletrônica, a banda tem conseguido produzir excelentes batidas Indie Rock e chamar a atenção de todo o mundo. Sua página no MySpace.com já recebeu quase 2 milhões e meio de visitas e são recém-contratados da Sub Pop (gravadora muito conhecida entre os grungers de plantão). Entre as várias apresentações de sua primeita turnê mundial, o CSS conseguiu conquistar os ouvidos de Bobby Gillespie, líder do Primal Scream, que convocou a carismática vocalista Lovefoxxx para dueto em seu mais novo disco.

EM 2004 FORAM ATRAÇÃO no Tim Festival, tocan do no mesmo palco do Kraftwerk; e já no ano seguinte assinaram com a gravadora Trama, lançando em 2006 o disco homônimo Cansei de Ser Sexy (uma das músicas foi incluída no reality show Simple Life e outra virou trilha sonora do jogo The Sims 2: Vida Noturna). O rompimento com a Trama aconteceu devido ao contrato com a Sub Pop, passo fundamental para o lançamento do álbum em solo norte-americano, europeu e japonês; e para a viabilidade da turnê internacional de sucesso de crítica e público.
O DISCO TRAZ 11 MÚSICAS dançantes levadas por um contrabaixo bastante oitentista e uma guitarra no melhor estilo pós-punk/new-wave. As batitas eletrônicas não se deixam sobrepor aos intrumentos, e o vocal bastante pop de Lovefoxxx é delicioso. Um álbum imperdível para quem não quer deixar de ouvir aquilo que os gringos já estão aprendendo a apreciar.

No Youtube:
Assista aqui ao melhor videoclipe do CCS, "Let's Make Love and Listen to Death From Above":
Mais no Youtube:
- Video do hit "Music is My Hot Hot Sex", visto 5,3 milhões de vezes:
http://www.youtube.com/watch?v=-N3OrZzPud8
- Comercial do iPod Touch, com a música do CSS:
http://www.youtube.com/watch?v=KKQUZPqDZb0

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Apresentação

Yes, tenho um blog. Nunca antes havia pensado em ter um, mas desde que decidi dar um tempo naquele sucesso chamado Orkut eu senti a necessidade de explorar novos horizontes na internet. Tudo o que se torna popular demais me perturba.

O que você pretende mostrar neste seu novo espaço?
Não sei. Somente o tempo dirá. Atualmente estou pesquisando muito sobre música, descobrindo novas e velhas bandas que eu nunca tinha parado prá escutar. Talvez por isso eu começe a escrever sobre esses sons.
Que outras vertentes você pretende explorar?
Gosto de coisas extremamente distintas. Quadrinhos, filmes reflexivos, mitologia, desenhos, literatura clássica, listas... Pretendo mesclar um pouco de tudo.
Você é algum crítico musical prá escrever sobre música?
Não. E quem é você prá me fazer essas perguntas? Desde quando isto virou uma entrevista?
Relaxe, cara, você me colocou aqui. Estou isento de culpas. Você criou isto.
Ok, ok. Declaro encerrado o papo. E vamos ao que interessa.

Fim da apresentação. Kozmic Soldier é uma ilusão. Pressione Alt+F4 para voltar à sua realidade insana.