sábado, 26 de janeiro de 2008

A Árvore do Rock

O ROCK É SEM DÚVIDA o gênero musical mais metamórfico de todos, absorvendo estilos e atitudes por todos os lados. Se fôssemos construir uma árvore genealógica desde o seu surgimento, na metade dos anos 50, teríamos como peças radiculares o Country & Western (dos brancos) e o Rhythm & Blues (dos negros), que podem ser considerados os pais do Rock ‘n’ Roll cinquentista, aquele forjado por caras como Chuck Berry e Elvis Presley. A Transformação do R‘n’R em Rock aconteceu por volta de 1964, com a invasão das bandas britânicas em solo americano. Os principais ícones desta época foram os Beatles e os Rolling Stones. A revista Superinteressante publicou em novembro de 2002 um infográfico por onde este apresentado a seguir foi baseado. Ele transformava as linhas em trilhas de um “metrô do rock”, com direito a estações e paradas obrigatórias. O esquema a seguir é fruto de uma longa pesquisa de aprofundamento e inclui estilos, artistas e bandas surgidas nos últimos anos (clique na imagem).


OBSERVE QUE ENTRE 1954-55 e 1969 há uma linha por onde surgem todos os estilos posteriores, sendo o tronco principal de nossa árvore. Os anos 60 foi o período de maior produção e experimentação. A linha que parte a partir de Bob Dylan refere-se ao Folk-Rock, que tem como grandes percussores o próprio Dylan e os Byrds. Saindo dos Beatles (que foram um pouco de tudo), das experimentações dos Byrds e da influência do Pink Floyd surge o Rock Progressivo de Gênesis, Yes e companhia. O Rock Pesado pulou dos braços dos Stones, Yardbirds e The Who, gerando pupilos nomeados de Black Sabbath e Led Zeppelin. A partir daí surge o Heavy Metal, que segue um caminho paralelo e quase idêntico ao Hard Rock. Os Stooges e os New York Dolls seguem um destino próprio influenciado pelos Beatles e Velvet Underground, culminando no Punk da década de 70. O próprio Punk se divide em uma linha que flerta com o Heavy Metal, fazendo nascer o Hardcore e o Grunge; e em outra que tende ao pop mais experimental, forjando a New Age de B-52’s e U2, por exemplo. A essas alturas, o progressivo já aspira este espírito festivo incrementando batidas eletrônicas. Na década de 90, a New Age já virou Pop-Rock Alternativo (Indie Rock, Britpop, etc.); e mais tarde o Metal (que já criara o Death, Black, Progressivo, Thrash, Doom, Melódico, Goth e mais uma dezena de estilos) ficaria jovem e o Pós-Punk comercial usaria franjas Emo.

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